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Bolonha, Parma e Módena – Dia 1 – ITÁLIA

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A lasanha a bolonhesa é famosa e amada no Brasil. Mas Bolonha é pouco conhecida dos brasileiros. A capital da Emília Romana é linda, rica e impressionante. Impressiona pelo seu passado que, assim como muitas outras cidades do norte da Itália, foi rico, cheio de glórias, gozou de alguma independência e da ascensão burguesa. Aliás, o dom para negócios e comércio da Itália sobrevive até hoje. Diferente de outros países europeus, aqui nada é de graça. Nem um mapinha, nem um carrinho em supermercado… E até para ver os tetos das igrejas é preciso muitas vezes depositar uma moedinha de 1 euro.

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Bolonha também cobra por suas atrações turísticas – não são muitas – mas algumas valem muito a pena. O duomo da praça central é lindo e a torre da cidade equivale a um prédio de 30 andares. Você paga para subir 400 degraus. Mas o desafio é interessante – cuidado porque vai ficando cada vez mais apertada e mais sufocante. Mas lá em cima o ar é puro e  a visão é muito privilegiada.

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Também imperdível é a visita à Biblioteca de uma das universidades mais antigas do mundo e sua sala de aula de anatomia. Ainda está lá a prancha para expor o cadáver e as esculturas que inspiravam os temas tratados no local.

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Como toda cidade italiana comercial, Bolonha é cara. Então, é preciso escolher bem onde comer. Indico um restaurante, um café, uma sorveteria e uma pizzaria.

Re Enzo – a lasanha bolonhesa é maravilhosa, com massa verde, bem estruturada. Não vem fervendo, então você pode sentir o sabor do molho e da carne. Mas o mais surpreendente neste restaurante é o espinafre feito com alho, óleo e pimenta. Parece um espaguete de espinafre. É delicioso e acho que vai dar para tentar repetir em casa.

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Lasanha bem estruturada, suculenta, servida na temperatura certa. Pareci a Paola Carosella descrevendo como deve ser uma lasanha.

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Em geral, na Itália, o café é sempre gostoso e bem feito. Aliás, para quem ama café como eu vale uma visitinha na loja da Bialetti no local. Mas, enfim, para consumir a bebida lá, recomendo o café Terzi. Escondidinho, prepara do jeito que você quiser e, para quem gosta de adoçar, eles têm muitas formas de fazê-lo. Com melaço, açúcar de cana, mel de agave etc. Eu pedi meu café frio com um pouquinho de açúcar. Veio assim. E o preço é ótimo: 1,50 euro.

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Café gelado!

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Gelato é alto comum também nas cidades italianas, mas confesso que, assim como no caso da pizza, a gente está mais bem servido em São Paulo. Mas o sorvete de leite com menta da Pretto vale a prova.

E pra terminar, a famosa pizza. Na Itália, é interessante que a pizza individual é sempre enorme. Então, dá até pra dividir. Essa é do La Brace, com mussarela de búfala, tomate e parmesão, feita no forno a lenha.

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Copenhagen – Dia 2 – DINAMARCA

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Christiania é a região de  Copenhagen habitada e administrada pelos hippies. Fica no meio da capital dinamarquesa, mas tem leis próprias. A coleta de lixo é feita pelos locais, não permite a entrada de carros, não tem Google Maps mapeando a região, o comércio de drogas é farto e o da maconha é aberto descaradamente a todos que quiserem comprar. As fotos lá dentro são proibidas. O clima é estranho. Por um lado, uma euforia em poder usar drogas abertamente, a céu aberto, tomando cerveja e convivendo com os locais. Por outro, o estilo de vida decadente daqueles que foram morar em Christiania em busca da diversão e hoje caem por lá viciados, alcoólatras, sem lar e sem família. É a decadência de um estilo de vida que foi vendido como livre e rompedor, porém não trouxe a liberdade e o bem-estar para os que aderiram a ele de cabeça. Estão muitos de seus adeptos jogados pelos jardins do local.

A comida em Christiania, no geral, é ruim. Muita coisa feita para servir de larica, uns sanduíches esquisitos, pessoas de higiene duvidosa vendendo um pouco de tudo. Mas há alguns restaurante que se salvam, entre eles alguns vegetarianos. Almocei num deles, cujo nome não me lembro. E os preços estão em linha com o lado de fora da muralha que separa o local do resto da capital dinamarquesa. Cadê o clima paz e amor e anti-capital?

Ainda em  Christiania, repare nos traficantes de drogas com suas barraquinhas montadas e seus capuzes que os deixam semelhantes a terroristas. Dá um pouco de medo, pois o olhar deles intimida. Vá durante o dia e não se avexe do passeio por isso. Visitar Christiania é uma experiência. Você pode alugar bicicleta . E repare que há muitas famílias conhecendo o local dessa maneira.

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Perto do território independente de Christiania, está a igreja de Cristo, o Salvador. É uma das igrejas mais bonitas da cidade por causa de sua torre em espiral. E o melhor: você pode subir até o topo e ter uma vista privilegiada da cidade. São 400 degraus. Recomendo.

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Dentro da igreja, um órgão suntuoso e todo ornado em madeira é o grande destaque em contraste com o simples interior da igreja ortodoxa. Dá pra se pegar admirando, ainda mais se você, como eu, for louco por um templinho pra descansar da caminhada. A Europa é cheia de igrejas católicas e protestantes, então aproveite para admirar, ouvir a música e quem sabe até assistir a uma missa.

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De Copenhagen, segui para Berlim de trem. A viagem é especial porque o trem, num dado momento, precisa embarcar num ferry para cruzar o mar rumo à Alemanha. Todos os passageiros são obrigados a desembarcar e curtir a paisagem local e o ventinho rio de verão. E passar ainda por uma das maiores fazendas de energia eólica do mundo. É interessante ver o trem novamente se encaixar no trilho para seguir viagem. Tecnologia a serviço da mobilidade coletiva: a gente vê por aqui.

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Tokyo – Dia 1 – JAPÃO

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É muito, muito difícil resumir uma cidade como Tokyo em dois dias. Mas, já que devo mostrar o que há de melhor na experiência e sintetizar a cidade em 48 horas, relaxe, por Tokyo (e o Japão como um todo) são uma experiência fantástica de civilidade, educação, limpeza e organização.

A maior cidade do mundo não é entupida por carros. Seu ar não é dos piores do mundo. Automóveis, bicicletas e pedestres convivem bem em calçadas e ruas que parecem tapetes. E todas as classes sociais deslocam-se por trens e metrô. E mesmo ônibus, uma excelente opção na cidade. Modernos e convenientes, possuem wifi e motoristas educados e prestativos.

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Em Tokyo, Ginza é o bairro sofisticado e caro. Prédios de lojas de luxo ocupam muitos quarteirões. Repare que, no Japão, são raras as lojas de coisas para casa (a vida é econômica e em pouco espaço). Só gente com muita grana consegue pensar em decoração. Sobra o apreço japonês pelas louças, que são lindas, detalhadas e muito variadas. Em seu hotel ou em casas tipicamente japonesas, você vai encontrar banheiras (tome a ducha antes de entrar, faz parte do ritual. E banheiros altamente tecnológicos. As famosas privadas que fazem tudo por você estão em todos os lugares, inclusive nos banheiros públicos e de lojas de departamento – limpíssimos, como tudo no Japão por sinal.

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Voltando a Ginza, o mercado de peixes e famoso pelos atuns em leilões – chegue cedo – e pelos restaurantes de sushi da região. Todos são muito bons, pode entrar no que preferir sem medo. Aliás, raramente você vai encontrar um restaurante de sushi que não esteja focado em turistas fora da região do mercado de peixes. Os pratos quentes é que são o forte do Japão. Sushi, é por aqui. Então, aproveite.

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Prove também os oniguiris de raiz que servem o pessoal que trabalha no mercado de peixe. São grandes e variados. E note: não há cheiro de peixe e sujeira em lugar nenhum. É incrível.

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Duas outras experiências imperdíveis no seu dia em Tokyo são a Tokyo Skytree (deixou a Tokyo Tower pra trás). Ok, você vai subir quase 600m numa das estruturas mais altas do mundo. Mas o interessantes é ver a vastidão da cidade em sua organização e limpeza que impressionam. Não há entulhos nos telhados, não há lixões, não há ruas desorganizadas. Isso por si só já vale a experiência.

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E se você é fã de robôs, rume para o Gundam de Tokyo. Fica em frente a shopping na região mais moderna da cidade, perto do mar. O gigante robô se mexe de duas em duas horas a partir do meio dia. É demais!

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Dubai – Dia 1 – Emirados Árabes Unidos

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Tudo o que comumente se ouve sobre Dubai é que é um lugar caro, de alto luxo, com foco em compras e diversão a troco de muito dinheiro. Mas minha versão de Dubai é outra: uma cidade barata, com táxis baratíssimos, onde se come muito bem por muito pouco, pode-se fazer tudo de metrô ou transporte público e, pra quem gosta de arquitetura, a simples admiração do que a cidade oferece já é uma grande diversão.

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Dubai hoje gira em torno do Burj Khalifa, atualmente o edifício mais alto do mundo, com 828m de altura. Tipo o dobro do que eram as torres gêmeas.

Em Dubai, não há limites para as construções. Então, apesar de cara, vale a pena a subida no Burj Khalifa, que precisa ser agendada com antecedência – não deixe pra comprar seu ingresso namora. Compre pelo site. Lá de cima, se aprecia a cidade como um todo, pois os dias são claros e lindos quase todo o ano. E notamos como Dubai foi construída sobre o deserto. Dá pra ver o mar, com as ilhas artificiais do arquipélago mundo, as fontes semelhantes à do Hotel Bellagio, em Las Vegas, e o teto de um dos maiores shoppings do mundo, o Dubai Mall.

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O contato com a população local é restrito, pois só 20% dos habitantes dos Emirados Árabes são locais. O resto é majoritariamente composto por indianos, que dominam a mão de obra para construções, chineses, coreanos e outros estrangeiros. Há pouquíssimos americanos no país, já que o Oriente Médio não costuma ser tão atraente para os Estados Unidos, sobretudo pela diferença entre árabes e judeus. Aliás, muito se falou sobre o passaporte, que não pode ter carimbo de Israel. Acabei fazendo um novo documento para viajar aos Emirados Árabes, mas depois vi que as autoridades na imigração sequer olham para este detalhes. O negócio dos EAU é trazer turista e fazer dinheiro. Tanto que, para entrar no país, é preciso ter um visto que custa caro e funciona como se fosse um ingresso para entrar.Para emiti-lo, você precisa de um sponsor. Selecionei a agência brasileira Guia em Dubai para ajudar com visto e foram sensacionais.

Nosso hotel foi o Novotel Al Barsha, que fica na região do Burj Al Arab, o famoso hotel em forma de vela que avança sobre o mar. Tinha café da manhã excelente, suítes espaçosas, banheira, piscina, amenidades e ainda tinha vista para o Burj Al Arab. Nossa ideia era passar o reveillon em frente ao Burj Khalifa. Tínhamos uma estação de metrô em frente ao nosso hotel. Partimos às 19h para o Dubai Mall, mas a quantidade de gente era tão grande, mas tão grande, que voltamos para o nosso hotel, compramos várias comidinhas e ficamos no nosso quarto, de onde vimos os fogos do Burj Al Arab da janela e os do Burj Khalifa pela televisão.

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No dia seguinte, voltamos ao Dubai Mall para ver o Burj Khalifa todo iluminado. A imagem era essa:

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MAs, enfim, o contato com a população local de Dubai se dá sobretudo no centro antigo, onde há o museu de Dubai, que conta a história da cidade de forma lúdica e muito interessante. Fica dentro de um forte. Há várias mesquitas chamando para rezar, nas quais os não muçulmanos não podem entrar, e há um passeio de barco para cruzar o rio rumo ao mercado de ouro.

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O local impressiona pela quantidade de ouro, garçons servindo refrigerante, chá e água e um grande painel luminosos que diz a cotação do ouro no dia. As peças são caras. Você escolhe e tudo é pesado na hora. Uma pulseira custa cerca de 800 reais, bem fininha. Impressiona ver a população local comprando o equivalente a 25 mil reais em ouro para suas mulheres cobertas de véu.

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Pegamos um taxista no centro – tácitas são muito baratos e excelentes – e pedimos para ir ao Ravi, restaurante paquistanês sobre o qual havíamos lido. Os preços são muito bons, a comida é deliciosa. O taxista, que por acaso era paquistanês, já sabia onde era. Era um local em que ele costumava almoçar. Chegamos e uma quantidade grande de homens nos salões olhavam para a nossa cara de ocidental. Um garçon simpático nos levou para uma mesa e notamos que havia mais uma mesa de gringos no local, inclusive com uma mulheres entre eles. Ficamos mais tranquilos e comemos um carneiro ótimo!

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Do Ravi, seguimos para ver o por do sol em alguma praia. Entramos no táxi e o taxista falou que nos levaria a uma praia aberta – sim, as praias em Dubai são na maioria das vezes pagas.

Ele disse que era uma boa praia e que muitos ocidentais costumavam a ir lá. De fato, era a praia em frente ao Burj Al Arab, que, junto com o sol se pondo, compunha um cenário interessante! Era legal imaginar que do outro lado do mar já estava o Irã. Dava a dimensão da região complicada politicamente em que estávamos e do oásis de um aparente sossego que são os EAU no local.

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Paris – Dia 1 – FRANÇA

Todo mundo tem mil dicas e mil visões sobre Paris. Conheci a cidade em 1997. Era a primeira vez em que eu ia pra Europa, com meu dinheiro juntado num voo Rio-GRU-Recife-Zurich-Paris da Vasp! Achei tudo ótimo e divertido. E lembro que uma amiga foi me receber no aeroporto e a sensação que tive ao sair do metrô na Rua de Rennes, onde ficava meu hotel. As calçadas eram perfeitas, era tudo eficiente mas a grande maioria dos prédios era muito antiga. Eu me sentia de vato no velho mundo.

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Meus pais, ainda casados, estavam também na cidade e foram me encontrar no meu hotel. Eles estavam no lado da Opera, do outro lado do Rio. E eu do lado boêmio. Lembro que fiz tanta coisa naquele dia, mas tanta coisa… Não sei como aguentei. Mas lembro de a gente indo do Café de Flore, em Saint Germain de Prés. De lá, minha amiga Bia me encontrou de novo e subimos a Torre Eiffel, que é um programa que precisa ser feito porque, por mais que já existam estruturas muito altas no mundo e eu já ter subido em muitas delas, nada nunca me deu a sensação de estar tão alto quanto no dia em que subi a Torre Eiffel. Talvez pelo fato de o gabarito da cidade de Paris ser baixo e a torre erguer-se por mais de 300m em meio aqueles prédio baixinhos. Ainda tive a sorte de não pegar muita fila e poder ter visto o por do sol lá de cima. Na época, não tinha máquina digital. Tenho alguns registros, mas nunca digitalizei.

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Lembro ainda que depois disso encontrei meus pais e fomos no Louvre num esquema ver e dar check na Monalisa, na Venus de Milo, na coleção egípcia. Tudo muito rápido e intenso para depois voltar para o hotel e dormir!

Era inverno e agora eu tive a oportunidade de ir de novo no verão, o que é diferente, pois a cidade, que já é a mais visitada do mundo, fica ainda mais abarrotada de turistas, o que é espantoso. Paris está cara, ou segue caríssima, mas é aquela cidade em que você sai de manhã pra andar e só volta de noite de tanto admirá-la.

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Montmartre

Dessa vez, tive muitos dias na cidade e resolvi fazer algumas coisas que eu ainda não havia feito. E destaquei algumas das que me marcaram mais.

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Centro Georges Pompidou

Fui a Montmartre e almocei num restaurante delicioso. que eu infelizmente não me lembro o nome. Saberia até reconhecer pessoalmente – tentei agora pelo google maps – mas não consegui. De lá, desci andando em caracol em direção ao Marais, o antigo bairro judaico que já foi pobre, mas hoje é talvez a região que mais ferve culturalmente em Paris. É lá que está o Centro Cultural Georges Pompidou, que tem exposições de arte moderna e contemporânea, além de restaurantes. O local é uma atração já pelo prédio em si Vi uma exposição farta do Mike Kelley e do Roy Lichtenstein.

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De lá, cruzando a Pont des Arts, em que muitos apaixonados colocam seus caderninhos, cheguei a um dos museus mais bizarros e interessantes de país, em Saint Germain de Prés. O Museu da Escola de Medicina tem um acervo aflitivo de instrumentos utilizados para amputar, fazer exames, retirar pedras dos rins… Tudo numa época em que a anestesia muitas vezes era um trago de bebida alcoólica.

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Exame ginecológico

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Isso entrava pela uretra e retirava as pedras que estão expostas ao lado da ferramenta

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Kit de amputação

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Foi também na Rive Gauche que visitei o museu Rodin, que vale muito pelo passeio no jardim. As obras do mestre modernista da escultura contemporâneo dos pintores tão celebrados que romperam com a história da pintura na virada do século XIX para o XX. Rodin fazia o mesmo trabalho com a escultura, quando  entendia que a ideia da forma poderia ser mais importante que a representação fidedigna.

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Dois lugares para comer são muito legais na Rive Gauche: o primeiro é pra quem, como eu, adora foie gras, apesar de saber do método cruel de preparo da iguaria. Um é o Comptoir de la Gastronomia, onde comi um ravioli de foie gras com molho branco.

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Outro é uma rede que está em vários locais da cidade, mas é muito boa pra quem gosta de mexilhão: o Leon de Bruxelles, que não tem em Bruxelas 😛 E lá comi meu prato de mexilhão com molho de tomate queijo.

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A Monalisa

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Repare em alguns aspectos interessantes deste quadro. O primeiro é que muito se suspeita da não- existência da Gioconda, a musa retratada. Atribuiu-se ao próprio Leonardo  Da Vinci esta que seria a sua versão em forma de mulher, o que já questiona o papel de alguém que posa para a pintura em si ou pede a um artista para retratá-lo coerentemente. Ou seja: um retrato, para existir, precisa ser concebido antes mentalmente para depois ser passado para o papel. E o que vemos com a Monalisa é que o retrato não necessariamente irá retratar alguém que seja real.

Outros aspectos interessantes da Monalisa são sua noção de tridimensionalidade. Repare o canto direito e no canto esquerdo do quadro. Eles estão propositalmente desalinhados para que a cada canto que se direcionar o olhar se tenha uma diferente perspectiva da boca. A Monalisa pode estar sorrindo ou pode estar séria, dependendo de seu olhar. E como Da Vinci consegue esse efeito na boca? Esfumaçando seus cantos, conforme podemos ver.

Por que essa é uma das pinturas mais importantes e a mais famosa da História? Porque iniciava o processo de discussão da Arte como algo mental. Incluía a pintura no hall das “artes” ou da Arte. E definitivamente  com o Renascimento e a  valorização da burguesia e da acumulação individual de dinheiro, a individualidade assumia o início de sua história bem sucedidade.

O ápice da manifestação individual, a arte, poderia agora ser materializada e, diferente da Música, da Matemática e da Filosofia, poderia ser adquirida mediante dinheiro. E assim se iniciava um período de quase 5 séculos de arte considerada uma materialização do pensamento do artista, tendo a pintura e a escultura com patrocínio burguês turbinando sua ascendência e consolidando o que passaríamos a chamar de Arte Formalista.

Talin – ESTÔNIA

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Conheci Talin num daytour a partir de Helsinque. A capital da Estônia fica do outro lado do Golfo da Finlândia e pode ser conhecida superficialmente num dia.

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Ao chegar no porto, a gente já pega um dos ônibus vermelhinho de sighseeing e saímos a passear rumo principalmente à cidade medieval.

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Talin tem igrejas impressionantes e sua cidade murada é grande, bonita, bem conservada e com vários espaços para visitar e comer.

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Minha rodada pelo local durou algumas horas e deu pra passear por tudo e pra subir na antiga torre medieval no meio da praça central da cidade, que dá um overview geral.

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O navio de Helsinki para lá é muito interessante também, pois é uma embarcação enorme que em duas horas liga as duas cidades. O barco tem ótimos restaurantes e um free shop que deixa os escandinavos loucos por causa das bebias.  Os suecos principalmente valorizam muito os duty free shops das rotas da Viking Line pelo fato de, na Suécia, ser o governo quem controla toda a venda de bebida. Não se pode entrar num supermercado e comprar álcool. As vendas são em lojas do governo, com quantidades limitadas, preços altos e horários para compra. É como comprar maconha no estado americano do Colorado: tem que ter identidade e um controle legal para que a droga não se dissemine mais do que seu potencial de disseminar-se já deixou acontece.

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Toronto – Dia 1 – CANADÁ

Toronto é a metrópole canadense. Quase uma pequena Nova York. A cidade é perfeitamente planejada e organizada, tem prédios muito altos e sistema de transporte eficiente.

Uma das maiores atrações da cidade – talvez a mais famosa – é a CN Tower, ou a torre da TV canadense. Já foi a estrutura mais alta do mundo, mas hoje perde para o Burj Khalifa, em Dubai.

É interessante subir seus 533m de altura. Você vê o aeroporto doméstico da cidade, caminha sobre um chão de vidro e ainda pode fazer um tour ao ar livre no cume da torre. Apesar da altura impressionante, a CN Tower sofre do mesmo mal que qualquer mega-estrutura ao lado de prédios gigantescos: não traz a sensação de você estar nas alturas. Aliás, acho que nenhuma estrutura urbana até hoje me deu a sensação de estar tão alto e tão acima de tudo quando a Torre Eiffel. O resto se esforça.

Toronto tem grandes centros de compras e de atividades culturais. A Dundas Square está na região que concentra a maioria das lojas e grifes conhecidas.

Mas é na Queen St West que está o lado mais legal para passear na cidade. É um pouco jovem, um pouco descolado, mas tem todos os cafés, as lojas e os eventos mais interessantes da metrópole.