No extremo sul de Israel, o balneário de Eilat é algo assim, digamos, exótico de se ver. 40ºC no verão, cerca de 20ºC no inverno, a praia de Eilat é no Mar Vermelho, com águas limpas e nem sempre mornas. É possível chegar à cidade de ônibus que partem de Jerusalém ou Tel Aviv, ou mesmo em voos rapidíssimos e baratíssimos de avião para o seu pequeno, mas ultra-fiscalizado aeroporto.
Aliás, o aeroporto de Eilat faz parte do cenário da cidade. Aviões sobem e descem nas nossas cabeças enquanto passeamos pela rua dos principais hotéis e do antigo centro.
Meu propósito de ir a Eilat era unicamente conhecer Petra, na Jordânia, pois em Eilat está estabelecida uma das primeiras fronteiras amigas entre Israel e Jordânia. Ainda assim, me deram a dica de aproveitar o balneários: Eilat é bom pra compras.
R$ 50,00 pelo par de Havaianas?
Depende. Há grandes marcas americanas nos shoppings de uma zona que deveria ser tax free. Mas isso só significa que vão colocar os preços numa proporção em que o comerciante vai ganhar mais. Tel Aviv continua sendo mais barato e mais seguro para compras que Eilat ou a caríssima Jerusalém. Sim, porque em Eilat é comum ver réplicas de óculos Ray Ban em óticas que atestam-se por originais. A falsificação beira a grosseria. Melhor ficar com o mercado árabe também presente no local, vendendo tapetes, narguiles e outras quinquilharias.
A noite de Eilat tem aquela vibe cafona de balneário, com festa de gente gritando u-huuuu. Mas há excelentes DJs de música eletrônica, principalmente no verão. É questão de estar ligado na programação, dovulgada amplamente em todas as lojas e cafés da cidade.
Comer nas churrascarias kosher tende a ser mais caro do que nos restaurantes de fruto do mar. É só pesquisar. Se quer algo exótico, o parque de diversões temático do Rei David pode fazer seu gênero. Se sua noite for apenas uma espera para a ida a Petra no dia seguinte, passeie pela orla, faça cautelosamente as suas compras, veja o povo desfilar (franceses e russos em peso)e tome um sorvete numa das filiais da rede Aldo. O quebabe na mesma loja também é excelente.
E uma dica importante: guarde o recibo de tudo em Israel, porque eles ajudam a explicar o que você foi fazer no país nos interrogatórios dos aeroportos e da fronteira para a Jordânia, que eu encararia no dia seguinte.