Bogotá – Dia 1- COLÔMBIA

Bogotá já foi um lugar a ser evitado. Hoje, é uma das cidades mais legais da América do Sul.

Gigante, você pode e deve percorrer apenas da zona norte até o centro. De Bogotá Sur em diante, o risco é seu. Por todo dia, todos reforçam: “puedes caminar bonito, con traquilidad”. À noite, evite o centro. E, de dia, evite a zona sul, que concentra a maior parte do pobreza e dos homicínios da megalópole colombiana.

Pra ficar num belo bairro residencial (Morato) e ser tratado com muito carinho e dedicação, recomendo o Hostal Bogotá Real. Se quer um hotel mais sofisticado, vá direto para a Zona Rosa. É lá também que você pode terminar seus fins de tarde, circulando em uma área grande que reúne shoppings, lojas, cafés, bares, todos interligados e festivos. Algo similar aos Jardins, em São Paulo.

O transporte pela cidade deve ser feito pelo Trânsmilênio, sistema semelhante ao metrô, porém feito com ônibus articulados (brasileiros, inclusive) que te levam de norte a sul da cidade, e de leste a oeste com segurança e rapidez. A exemplo do México ou de qualquer metrópole latino-americana, o transporte público é mais seguro do que os táxis. Sim, em Bogotá é recomendável não pegar o primeiro táxi que aparecer na rua, apesar do preço ser tentador. Se estiver cansado, entre num hotel ou num restaurante e peça para chamarem um pra você.

Mas o passeio em Bogotá deve começar mesmo pela parte mais bonita e histórica da cidade: a Candelária. É lá que se localizam o Museu Botero (que não é grande, mas é interessante), o Museu do Ouro, com a maior coleção de ouro pré-colombiana do mundo (belíssimo), a rua das joalherias e a praça central do poder, que é o lugar mais seguro do país.

Na praça do palácio Nariño, sede do poder executivo, estão também o poder legislativo (num palácio em estilo napoleônico) e o poder judiciário, além da Igreja, que até a década de 90 apitava na Lei colombiana.

O céu cinza constante da cidade e temperatura baixa o ano inteiro fazem o clima ficar quase sempre soturno. Dá até um pouco de medo, levando em conta toda a história violenta que já caracterizou a Colômbia e faz parte de nosso imaginário. Mas rapidamente você se acostuma com o local onde está. E com a altura, que dá um pouco de dor de cabeça no primeiro dia. Afinal, Bogotá é uma das cidades mais altas do mundo, localizada a 2.600m acima do nível do mar, em plena Cordilheira dos Andes.

Para comer, Bogotá tem ótimas opções. Você pode pedir o ajiaco, prato típico colombiano, em qualquer lugar que tiver oportunidade.

Mas são destaques na cidade três redes que garantem alta qualidade no que servem: Café Juan Valdez, Crepes n Waffles e Corral Hamburguesas.Se você faz uma conexão em Bogotá, pode experimentar qualquer uma delas no próprio aeroporto. Na cidade, estão espalhadas em vários bairros, inclusive nos shoppings e nos museus.

A colombiana Crepes and Waffles finalmente desembarcou no Brasil. O que tem de legal a Crepes and Waffles além de crepes, waffles, sopas e sorvetes maravilhosos? Sua missão e seus valores. A rede tem em sua maioria funcionárias mulheres, quase todas mães de família, que têm papel ativo na economia do lar. Ou seja: na visão da empresa, devem valorizar o trabalho, a produção cuidadosa dos alimentos e o modo de servir.

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De entrada, sugiro o Elixir. É um suco de amêndoas com maçã verde, uva verde e uva roxa.

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Pode ir também direto na salada mediterrânea, fartamente servida com camarões, lulas, azeitonas, folhas e molho pesto + mostarda.
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A sobremesa era o melhor. É muita opção e você pode pedir o cardápio com fotos para ajudar a escolher. Para ajudar mais ainda, vá até o balcão experimentar os sorvetes que acompanhavam os crepes ou waffles. Experimente o inigualável sorvete de amêndoas com pedaços de amêndoas ou o de laranja, aguado e refrescante.

A El Corral alerta em seus sanduíches: aqui, um produto extremamente fresco. Consuma o quanto antes. E é verdade. Para quem gosta do formato, o deles é espetacular, seja nos fast foods espalhados ou ainda nas versões gourmet presentes em alguns endereços.

A fama do café colombiano é internacional graças um produto de qualidade (tão bom quanto o brasileiro) e um marketing mais eficiente que o nosso. Na Colômbia, a paixão pela bebida é mais sofisticada. Bogotá não é Roma nem Nova York, mas é dominada pela rede de cafés qualificados Juan Valdez. Inspirado na Starbucks – e principal empecilho de posicionamento para que a rede americana ingresse no país sulamericano -, o Juan Valdez tem expressos fortes, descafeinados, gelados, incrementados, além de doces e salgados deliciosos para acompanhar. Tudo num ambiente moderninho. Para arrematar, os cafés da rede estão espalhados pelos melhores endereços das principais cidades colombianas.

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Juan Valdez no Museo Botero, em Bogotá

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