Meu amor por Berlim aconteceu à segunda vista, dessa vez num verão. A primeira vez em que eu estive na cidade foi num inverno. Os passeios ficaram restritos e a forma de enxergar o potencial da cidade também foi reduzida pelo clima frio.
No verão ou no inverno, Berlim, apesar da aura hypster e hippie, continua obscura e difícil de ser percorrida facilmente. Ela é extensa e as áreas de interesse são muitas. O metrô, dividido em U para trens municipais e S para os trens operados pela companhia nacional, não me pareceu novamente tão simples de ser dominado. Mas como a cidade é segura e interessante, não houve nada que não pudesse ser facilmente administrado.
Antes dividida, fiquei pensando em que lado seria mais interessante de conhecer. O lado oeste da cidade merece visita à igreja de Kaiser Wilhelm. Destruída durante a ocupação final de Berlim na II Guerra Mundial, é preservada como está. Por fora e por dentro, impressiona. E está no meio de uma das regiões mais legais e caras de Berlim ocidental. De lá, dá pra visitar o Reischtag, o prédio do parlamento alemão que tem história impressionante e que é mais fácil de ser percorrido no inverno, já que no verão as filas são grandes e prece que tem que reservar horário pelo site.
Um dos museus mais legais da cidade é o Checkpoint Charlie, que conta como era a vida das família e pessoas que tentavam cruzar para os dois lados de Berlim. São as histórias das pessoas que atravessavam o muro para chegar ao outro lado de Berlim, fosse ele qual fosse. É um museu rico em recursos e original. Ali pertinho, há um grande pedaço do muro que ainda está de pé. Foi transformado em monumento e pode ser visitado. Fica próximo da Potsdamer Platz.
Ainda do lado ocidental, Berlim reserva surpresas não tão divulgadas em guias turísticos. Uma dela é o aeroporto de Tempelhof, que funcionou até 2008 e hoje é um museu. Construído de forma monumental durante o regime nazista, o aeroporto já foi o maior da Europa e segue sendo um dos maiores edifícios do mundo. O tour em inglês pode ser comprado na hora. É tranquilo de achar lugar, mas, se preferir, pode se antecipar comprando pela internet.
Aliás, antes que eu me esqueça, ali pertinho do aeroporto de Tempelhof tem um dos lugares mais legais e com excelente preço para comer na capital alemã. É o açougue Genz, especializado em embutidos e carnes de vacas e porcos criados livremente e com alimentação natural. Você pode comprar os itens para levar pra casa, mas também pode consumir no local. Experimentei a barriga de porco e o bolo de carne com salada de repolho.